17 anos | Aqui comecei a entender que nao é somente transpor do papel para o monitor | Jayme Serva

Todas dos 17 anos do Blue Bus

“Por que Blue Bus?” – “Sei lá, mas é o site mais legal de propaganda”. Palpite de novo colega de novo trabalho, a gente escuta. É parte do processo de socializaçao. Entrei, olhei, achei engraçado – as notas eram “empilhadas” e iam se sucedendo – mas sem ser apenas sobre propaganda e, quando eram, sem cara de press-release, algo que me incomodava na mídia especializada, que engatinhava na internet – “É, gostei”. Uma hora depois, entrei de novo. E de novo. E de novo. 2 dias depois, Blue Bus já era a página que abria meu acesso à internet.

“Esses caras usam um software francês”, chutei com ar de sabichao. “Como é que você sabe?” – “Ué, tem acento agudo, acento grave e cedilha, e nao tem til. Só pode ser francês”. Com o tempo, fui descobrindo que “esses caras” eram um cara só (depois a equipe se expandiu em 300%) e jamais confirmei a tese do “software francês”. Passados alguns anos, me atrevi a colaborar com o site – e ter a estranha satisfaçao de ver os meus textos agora sem til. Compartilhei 15 dos 17 anos do Blue Bus. Descobri que foi aqui que comecei a entender que comunicaçao via internet nao é transposiçao do papel para o monitor. Sem til, o busao continua acelerando e mostrando o caminho. Vida longa!

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