Como acalmar os ânimos da rede num ano de eleiçoes? 2º debate do Blue Bus

Na mesa, pela ordem, Luciano, Laura, Hungria, Mauricio e Gustavo

Todas do youPix 2014 no Blue Bus patrocinio Santander

As eleiçoes estao chegando e para entender ‘como acalmar os ânimos da rede num ano de eleiçoes’ o Blue Bus convidou Laura Capriglione, do Yahoo e do site Ponte, de cidadania e direitos humanos; Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa; Gustavo Fortes, da Espalhe, de marketing de guerrilha; e Mauricio Machado, do site Sao Paulo Sao.

Julio Hungria mediou o debate, que começou com Laura e Luciano apontando uma das principais causas de revolta política na internet quanto à grande mídia – “foi qdo os jornalistas começaram a ser medidos nao por sua qualidade, mas pela quantidade de views que alcançavam em suas matérias publicadas” – quanto mais sensacionalistas, mais acessos conseguiam – entao, mais escândalos, mais acessos, mais anunciantes?!. Gustavo Fortes lembrou do experimento feito pelo Facebook, que manipulou feed de usuários e dessa forma descobriu que as pessoas que recebiam um feed negativo, também publicam posts negativos e que estes posts negativos sao justamente os mais virais – tese que reforça a a visao de Laura e Luciano.

Maurício Machado  explica que vivemos um momento histórico onde a grande mídia nao forma opiniao, “mas é reconhecida como fonte original e defensora de interesses particulares”. Gustavo diz que a manipulaçao da mídia sempre aconteceu – a diferença é que agora temos voz através das redes e podemos formar opinioes independentes da ideia que nos é impingida pela grande mídia – “Nesse ambiente onde todo mundo pode buscar informaçoes e produzir notícias, antes de fazer qualquer comentário é necessário verificar a fonte da notícia e saber quem publicou – isso pode ao menos minimizar os danos de uma discussao”.

Laura Caproglione observa que no Yahoo os comentários em notícias nao sao moderados – e determinados leitores usam a área exclusivamente para fazer ofensas que as vezes chegam a ser criminosas. E exibe numeros da media mundial que informam que 7% das pessoas lêem o texto para fazer um comentário – e que 93% comentam sem terminar a leitura e normalmente fazem comentários negativos.

Tentando costurar uma conclusao, Luciano Martins Costa afirmou que nao podemos esperar mudanças venham dos veículos tradicionais. Laura diz que escreve notícias imaginando quem é realmente leitor, deixando de lado os que sao apenas ‘comentaristas de post’ – Gustavo aposta no marketing de causa, devolvendo as críticas com açoes positivas, para quebrar o clima de briga e assim acalmar os ânimos nesse momento “estimulando o debate e nao uma guerra”.

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