Consumidor quer informaçao sobre produtos, mas está + desconfiado do que nunca

Realizada pela holding de comunicaçao e marketing IPG desde 2009, o estudo bienal IPG New Realities chega à sua 4ª ediçao constatando que o crescente desejo de receber informaçoes sobre produtos e serviços por parte dos consumidores anda de maos dadas com a desconfiança em relaçao às informaçoes fornecidas pelas empresas. Neste ano, foram analisadas prioritariamente as categorias de serviços bancários, seguros, automotivo, computadores, softwares e fast food. O estudo compreende um total de 3,600 entrevistas, realizadas bienalmente com homens e mulheres, com igual proporçao de geraçao X, Y e Baby Boomers, que acompanham proporcionalmente a demografia do país, porém sempre com acesso à internet. A despeito da miríade de canais de informaçao, a pesquisa identifica uma crescente predisposiçao dos consumidores em relaçao ao recebimento de informaçao. Os brasileiros sao os que mais declaram gostar de pesquisar informaçao para amparar suas decisoes de compra, registrando um crescimento de 55% em 2011 para 72% em 2015.

Vivemos o grande paradoxo da economia da confiança: se por um lado temos empresas como Uber, Alibaba e Airbnb, que sao líderes em seus respectivos mercados sem terem um carro, estoque ou um imóvel sequer; por outro vivemos uma das maiores crises de confiança nas instituiçoes de que temos notícia”, avalia Terry Peigh, vice-presidente sênior e diretor do IPG, responsável pela pesquisa. Por isso, segundo o executivo, as empresas têm que trabalhar agressivamente para construir confiança e serem totalmente transparentes em suas comunicaçoes de marca. “Acreditamos ainda que é muito importante que as marcas estejam abertas à crítica, e respondam de maneira honesta a ela. Identificamos que os consumidores estao mais propensos a confiar e compartilhar positivamente conteúdos das marcas nas redes sociais quando a empresa é corajosa o bastante para reconhecer uma falha ou reclamaçao e lidar com ela”.

Diante da afirmaçao: “O nome e a reputaçao da marca importam mais hoje em dia do que antes“, 60% dos brasileiros estao de acordo (em 2011 esse índice era de 34%). Os brasileiros também afirmam, em 31% dos casos (ante 13% em 2011) nao acreditarem na maior parte da informaçao que vêm das marcas. Além disso, globalmente, mais de 60% dos consumidores dizem nao conseguir distinguir facilmente entre conteúdo de marketing e conteúdo nao comercial nas redes sociais, o que contribui para a desconfiança generalizada em relaçao às mensagens comerciais. A desconfiança absoluta atinge quase 1/3 da populaçao nacional, com 29% dos brasileiros afirmando nao confiar na informaçao oferecida pelas empresas (era 15% em 2011). Entre as recomendaçoes da pesquisa para que os anunciantes atendam de maneira mais eficaz a demanda dos consumidores por informaçao sobre seus produtos e serviços, estao desenvolver e dar suporte de informaçao a comunidades virtuais já existentes, descobrir e encorajar embaixadores de marcas, ter canais proprietários informativos e de fácil navegabilidade, desenvolver novas comunidades de usuários e recompensar o compartilhamento de informaçoes sobre a marca.

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