Festival em Óbidos, cidade portuguesa, celebra 102 anos de Vinícius de Moraes

Lisboa tem terremoto
Porém, em compensaçao
Tem muitas cores no céu
Muitos amores no chao
Tem, numa casa pequena
O poeta Alexandre O’Neill
E a bela Karla morena
Na embaixada do Brasil (…)

Começa assim o poema “Lisboa tem terremoto…”, do poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes. Como nao cantá-lo mais uma vez, no dia dos seus 102 anos, ainda vivos nos versos que sejam eternos enquanto durem. Homem de muitos amores, nao se sabe se nas muitas visitas que fez a Portugal se apaixonou por alguém, mas uma coisa é certa – ficou enamorado da vila de Óbidos e “achou que era aqui que ele queria ficar, numa destas casinhas floridas. E parece que tentou comprar, mas acho que por qualquer razao nao conseguiu”, revela ao jornalista a sua filha, Georgiana de Moraes, numa entrevista antes da sua apresentaçao com a cantora Miúcha no Folio Festival Literário Internacional de Óbidos – que durante 10 dias vai fazer tremer a pequena e tranquila vila a 70 km de Lisboa – com lançamento de livros, aulas, palestras de escritores, concertos e espetáculos musicais. Vinícius iria gostar…

– Lisboa tem terremoto
Geme o mote, ao expirar
– Faz figa! Faz figa, Otto!
Terremoto? Sai, azar!

georgiana-moraes-miucha

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