Nada pior para um produto ruim do que uma propaganda boa

Cada vez mais as marcas precisam sair do “modo falar” para o “modo fazer”. Isto nao é mais nenhuma novidade. Se antes as empresas viviam em um mundo pouco conectado, de baixo acesso ao seu comportamento empresarial, seus processos produtivos e sua forma de se relacionar com seus públicos, agora está tudo mais aberto, conectado, exposto para quem quiser saber. Por isto, é cada vez mais importante aproximar discurso de prática.

Desde o meu primeiro estágio na criaçao de uma grande agência no Rio aprendi com meus mestres que a gente fazia propaganda e nao mágica. Nao adiantava fazer um filme, um anúncio, um spot incríveis se, na hora da entrega, o produto nao atendia às expectativas dos clientes. A primeira compra até podia acontecer, mas as outras nao se sustentariam. Tudo isto se intensificou com o amadurecimento dos consumidores e a maior exigência em relaçao às promessas e entregas de marca.

Um bom exemplo de gap entre discurso e prática está, infelizmente, na comunicaçao do atual governo. É difícil engolir um slogan que fala de pátria educadora com as notícias sobre diminuiçao de verbas para educaçao, troca de Ministros e mudanças radicais nas verbas do FIES. Quando isto acontece aumenta uma predisposiçao à descrença, à desconfiança. É assim que as marcas perdem reputaçao, valor e capacidade de engajar seus públicos.

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