O processo de impeachment em 5 parágrafos do Guardian

Matéria de Jonathan Watts para o Guardian, da qual o jornalista Glenn Greenwald destaca 4 parágrafos, traduzidos abaixo. Adicionamos ainda o parágrafo imediatamente anterior. Foto: Iano Andrade/EPA.

Em uma noite sombria, indiscutivelmente o ponto mais baixo foi quando Jair Bolsonaro, o deputado de extrema-direita do Rio de Janeiro, dedicou seu voto sim para Carlos Brilhante Ustra, o coronel que liderou a unidade de tortura DOI-CODI durante a ditadura. Rousseff, ex-guerrilheira, estava entre os torturados. A iniciativa de Bolsonaro fez o deputado de esquerda Jean Wyllys cuspir em sua direçao.

Eduardo Bolsonaro, seu filho e também deputado, usou seu tempo no microfone para honrar o general responsável pelo golpe militar de 1964.

Deputados foram chamados um a um ao microfone pelo instigador do processo de impeachment, Cunha – um evangélico conservador que é acusado de perjúrio e corrupçao – e um a um eles condenaram a presidente.

Sim, votou Paulo Maluf, que está na lista da Interpol por conspiraçao. Sim, votou Nilton Capixaba, que é acusado de lavagem de dinheiro. “Por amor a Deus, sim!”, declarou Silas Camara, que está sob investigaçao por falsificaçao de documentos e apropriaçao indevida de recursos públicos.

E sim, votou a vasta maioria dos mais de 150 deputados que estao envolvidos em crimes, mas protegidos por seu status como parlamentares.”

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