Uma geraçao mimada – universitários, pais, cuidado e autonomia

As escolas particulares estao promovendo aulas de nivelamento para alguns alunos que ingressam em seus cursos, mas nao têm um conhecimento de conceitos importantes, que sao a base para novos aprendizados. De maneira geral sao aulas de português e matemática. Isto é um reflexo de algumas lacunas deixadas pelo Ensino Médio. Muitos alunos de escolas públicas estao finalmente conseguindo chegar à graduaçao – o que é muito bom – e estas aulas ampliam a confiança, a autonomia, as habilidades.

Chamou minha atençao uma matéria recente que, na minha visao, trata da necessidade de um outro tipo de nivelamento: mais do que cognitivo, social e afetivo. O título falava de uma “geraçao mimada”, que chega às universidades bem preparada cognitivamente, mas sem autonomia. A soluçao encontrada pelas universidades é marcar reuniao de pais, encontros com professores após as provas e boletins que podem ser acessados pelos pais para acompanhar as notas dos seus filhos, como quando estavam na escola.

Como mãe, compartilho que, em funçao do tempo em que estamos vivendo, acabamos superprotegendo nossos filhos e limitando sua capacidade de praticar sua liberdade. Violência, drogas, desinteresse, abandono de cursos fazem parte do dia-a-dia. Mas acho que, de alguma forma, perdemos a mao. Precisamos educar os filhos para o mundo, dar mais oportunidades de experimentar, aprender com seus próprios erros, desenvolver habilidades de resolver problemas, encarar conflitos e construir sua autonomia. Nao é à toa que os modelos de educaçao estao sendo questionados e em plena revoluçao.

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