Uma ‘máquina do tempo’ para viajar pelo Chile antigo – e o Brasil também vem aí

Uma “máquina do tempo”. É assim que um projeto de 2 arquitetos chilenos se apresenta nas redes sociais. É assim, também, que tem sido reconhecido na imprensa chilena. A plataforma “Enterreno Chile” já reuniu mais de 30 mil fotografias históricas do país – cerca de 15 mil já estao digitalizadas. As fotos vieram pelo Facebook, pelo Twitter e pelo Instagram do Enterreno, enviadas por usuários interessados em ver a evoluçao das cidades. Antes, Felipe Bengoa, hoje com 25 anos, e Nicolás Fernández, com 26, usavam suas contas pessoais no Twitter para publicar fotografias antigas e de paisagens exóticas do país. “Elas tiveram uma recepçao inesperada“, contaram em 2015. O projeto “nasce como uma maneira de difundir nosso patrimônio natural e urbano com base em breves pesquisas e na exposiçao de grandes trabalhos fotográficos realizados ao longo da nossa história“. E a ideia deles, de acordo com Bengoa, é chegar em outros países: “Há alguns meses começamos a reunir material da Argentina, Colômbia e México“. E o Brasil está nos planos, mais adiante, além do vizinho Peru e dos Estados Unidos.

Eles recorreram ao crowdfunding para pedir a doaçao de 7 milhoes de pesos chilenos (cerca de USD 11 mil). Ontem, quando a campanha foi encerrada, já tinham ultrapassado o valor estabelecido. Agora, pretendem usar o dinheiro para concluir a digitalizaçao das imagens e colocar no ar uma plataforma colaborativa em que as pessoas poderao subir as fotos e em que outros usuários poderao dar informaçoes a respeito das imagens. Bengoa promete que em breve os brasileiros poderao começar a publicar fotos. Até lá, “os turistas brasileiros que querem conhecer o Chile estao convidados a também conhecer sua história, cultura e tradiçoes através das fotos“. Mais que isso: poderao passear por um Chile que já nao podem visitar entrando na máquina do tempo. Depois de geolocalizar as fotos, a ideia é que o Enterreno vire um app para que as pessoas possam ver as cenas de antigamente na tela do celular. “A plataforma poderá transportar as pessoas no tempo devido ao grande conteúdo visual, emocional e de informaçao acumulado ao longo do tempo com colaboraçao da comunidade“, diz Bengoa.

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