As mortes de Civita e Mesquita e as dificuldades da Abril e do Estado

Nelson de Sá na Folha para assinantes®

As mortes de Roberto Civita e Ruy Mesquita têm efeito em grande parte simbólico. Os grupos Abril e Estado já estavam nas maos de outros executivos, de geraçao posterior, definidos quando ambos ainda viviam – Giancarlo Civita e Francisco Mesquita.

Mas o simbolismo se mescla às dificuldades financeiras dos 2 grupos, retratadas nos respectivos balanços do ano passado, divulgados cerca de 1 mês atrás. No caso do primeiro grupo, um dado significativo se refere ao aumento na dívida líquida da Abril S/A (o braço editorial, separado do educacional), que passou de R$ 103 milhoes em 2011 para R$ 491 milhoes em 2012.

E o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizaçao) apresentou queda de R$ 449 milhoes em 2011 para R$ 197 milhoes em 2012.

No caso do segundo grupo (Estado) a queda no Ebitda foi de R$ 87 milhoes em 2011 para R$ 47 milhoes em 2012, segundo cálculos feitos por Cláudio Gonçalves, professor da Trevisan Escola de Negócios.

Como descreve o Ipea, o Ebitda se popularizou nas últimas décadas, a partir do mercado financeiro americano, porque permite projetar o desempenho levando em conta só a operaçao, sem “efeitos financeiros e tributários”.

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