Juca Kfouri, na Folha, sobre o jantar dos jornalistas esportivos com Dilma

Keep Calm and…

Sem ódio e sem medo foi o mote da campanha vitoriosa para o Senado do pernambucano Marcos Freire, pelo velho MDB, em 1974, em plena ditadura. Havia, entao, motivos de sobra para odiar e temer. Hoje, quando nao há, um perigoso clima de violência verbal toma conta do debate e qualquer coisa, seja um jantar com a presidenta ou a Copa do Mundo, viram motivos para destilar ódio.

O ano da desgraça de 1964 está suficientemente próximo para que as liçoes nao sejam esquecidas e sempre é bom lembrar que muita gente boa foi no embalo da histeria que culminou no golpe midiático, civil e militar. Quando se constatou que Joao Goulart nao iria comer as criancinhas brasileiras, e que os militares tinham apoio das oligarquias de sempre, já era tarde –e só restou protestar por mais de duas décadas.

“Jantou com a Dilma? Petralha sem vergonha, você nunca me enganou. Vendeu-se por uma boca livre”, escreveu um cretino fundamental ao escriba, enquanto outro nao menos dizia que “colunista tucano chama Dilma de pop” – siga lendo na Folha, se for assinante do jornal.

publicidade

publicidade