Social Media Week, sobre a informaçao – o debate do Blue Bus hoje, resenha

Na foto, Luciano Martins Costa e Jacqueline Lafloufa

Os meios tradicionais tem sua estrutura e seus princípios – como a quantidade de fontes que devem ser checadas – por isso as notícias demoram mais a atingir o público por esses meios. Por outro lado, quem está fora da grande mídia nao precisa se preocupar com a credibilidade da informaçao que bota no ar, lança a notícia e caso nao se confirme, “pode editar ou simplesmente negar o fato com ares de brincadeira”. “E hoje, com tamanha disponibilidade de informaçao, o próprio leitor pode verificar as fontes e atestar se o acontecimento é verídico ou nao. E contestar a veracidade da noticia – apurando junto” – disse Renato Dias.

Essa instantaneidade de informaçoes – causada até pela facilidade com que se captura, pelos devices mobiles disponíveis – gera uma “necessidade da mídia tradicional repensar seu papel, revendo tambem, por exemplo, suas políticas de mídias sociais, que sao muito rígidas, enquanto outros meios – mais independentes – tem menos filtros”, afirma Renato. Com a velocidade com que as pautas surgem, existe a briga entre notícia velha e bem explicada, informativa – e a notícia nova com pouca informaçao, que na maioria das vezes gera um conhecimento superficial dos fatos. Todos já ‘viram’ a notícia, mas nao ‘conhecem’ o conteúdo e contexto.

Na idade da informaçao, como podemos chamar os dias atuais, o número de cliques em notícias de pouca relevância é maior do que nas notícias mais detalhadamente informativas. Bruno Torturra salientou que caso contrário, até os papos em mesa de bar, seriam pesados – Entao existe hoje uma busca excepcional pela banalidade, como escape.

Quando seu modelo é essencialmente industrial e corre atrás apenas de número de cliques, você se rende a esse público que busca notícias pop, que surgem da necessidade de ocupar o espaço disponivel nas publicaçoes. E neste ninho de informaçao irrelevante, se perderia a funçao social do jornalismo. Bruno Torturra acredita que devem ser criadas mais empresas publicas gerando mídia (publicas tambem as financiadas pelos leitores) sem ‘rabos presos’, com informaçao relevante para o público geral.

Quanto ao Facebook, foi dito que ele fomenta a discussao rasa e autoafirmante, é lá que as pessoas buscam “produzir o melhor texto, sobre o mesmo assunto” – como disse a Rosana Hermann. Ele dopa, o maior atributo do seu formato “é criar dependencia” – o que ja está sendo contraposto pela proliferaçao de aplicativos que irá dispersar sua audiência – tal como acena Luciano Martins Costa.

Anterior – O debate começou.

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