Veja acusa, a realidade nega – a já conhecida independência para mentir

No último dia 30 de março, a revista Veja publicava em seu site uma reportagem de Leonardo Coutinho que acusava o filho da presidente Argentina, Máximo Kirchner, e a ex-embaixadora da Argentina na Venezuela, Nilda Garré, de possuírem contas nao declaradas no exterior, mais precisamente em Belize, um pequeno país localizado na costa nordeste da América Central. A acusaçao de Veja, sem nenhuma prova concreta, baseada em fontes nao identificadas, foi destaque na grande mídia argentina e internacional. O jornal Clarín chegou a estampar a notícia como manchete de capa, em uma estranha reportagem-denúncia que, pela ausência de provas, reproduziu a acusaçao de Veja com todos os verbos no modo condicional: seria, teria, manteria… – leia nota anterior.

Ontem, finalmente foi comprovado oficialmente que Veja mentiu – ou pelo menos reproduziu irresponsavelmente uma informaçao falsa. Documentos oficiais de Belize e do CNB Bank negaram a existência da empresa denunciada por ocultar uma conta bancária de Máximo Kirchner e da atual embaixadora argentina na Organizaçao dos Estados Americanos (OEA), Nilda Garré. Resta saber agora qual será a postura de Veja. Certamente vai fazer o que costuma fazer sempre que suas mentiras sao desmascaradas. Ficar quietinha, até porque o modelo de liberdade de expressao defendido por seus editores também a exime de – pelo menos – reconhecer suas práticas anti-jornalísticas.

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