Novos nomes nas redes sociais – identidade e pertencimento | Tania Savaget

Assisti há pouco tempo uma apresentaçao sobre a 2ª geraçao da chamada classe média brasileira. A pesquisa mostrou uma geraçao mais conectada, bem informada e menos parecida com seus pais. Entre muitos dados, me chamou a atençao o uso de apelidos de jovens descendentes de africanos e europeus nas redes sociais.

Assim como os cristaos novos que tiveram que abandonar suas crenças e seus sobrenomes originais para assumir uma nova identidade que passa por Oliveiras, Carneiros, Coelhos e Parreiras, muitos africanos, que vieram para o Brasil como escravos, também precisaram abrir mao de partes importantes da sua cultura. As práticas religiosas precisavam ser escondidas e uma imensa maioria ganhou sobrenomes como Silva, Souza, Costa, Ramos.

A pesquisa mostra que, mais conscientes e orgulhosos das suas origens, muitos assumem os sobrenomes originais ou apelidos que falam muito sobre sua personalidade. Assim como no caso das marcas, os nomes e sobrenomes sao parte muito importante da identidade das pessoas e, por isso, devem ser construídos como parte de um repertório que fala sobre valores, crenças e comportamentos.

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