Os novos requisitos do jornalismo para o leitor atual – debate no palco do #youPIX

Com informaçoes de Leo Maia, direto do youPIX

Amanha, o furo na capa daquela publicaçao impressa já está velho. Será que isso significa que a notícia do último minuto ficou restrita à internet e o que restou para os jornais e revistas foram as análises mais aprofundadas? E os jornalistas, teriam conquistado o peso de ‘celebridade’ com a autoria da notícia sendo mais importante do que o critério coletivo da publicaçao? Essa foi a linha do debate ‘Autoria, credibilidade, viés original e fator social – os novos requisitos do jornalismo para o leitor atual’, que acabou de acontecer no ‘Esse Hub Sou Eu’ do youPIX. Mediado por Jacqueline Lafloufa, em nome do Blue Bus, contou com a participaçao de Marcelo Coutinho – Diretor de Inteligência de Marketing do Terra e colunista aqui no site –, Caique Severo – Diretor de Desenvolvimento Editorial do iG – e Ana Brambilla – jornalista, professora e editora de mídias sociais da Editora Globo.

Entre os pontos abordados, o de que o jornalismo colaborativo prevê o fim do monopólio da credibilidade – isso nao quer dizer que a credibilidade do veículo tenha acabado e sim que, agora, as pessoas combinam a informaçao que recebem dos amigos com aquela que vem da mídia tradicional. Estamos passando por uma adaptaçao do modelo de credibilidade. Muita gente está produzindo conteúdo de qualidade, mas precisam de uma ‘marca’ para se tornarem confiáveis – isso já acontece, por exemplo, com os blogueiros. Toda empresa de mídia tem o desafio de encontrar produtores de conteúdo, transferir a credibilidade para eles e trazer esse conteúdo para o seu portal.

Em relaçao ao jornalismo independente, comprovam essa teoria de modelo híbrido de notícias lembrando que o 1º vazamento do WikiLeaks foi feito usando grandes jornais – ou seja, o conteúdo era independente, mas foi levado para uma ‘marca’. Já a noçao de uma suposta ‘pureza’ presente no jornalismo independente gerou polêmica no palco – existe mesmo jornalismo puro ou cada um tem seus interesses para defender? Num ponto todos concordaram – o jornalismo independente têm foco na utilidade pública.

Também foi abordado o fenômeno BuzzFeed através da comparaçao entre jornalistas e blogueiros – enquanto o jornal ‘joga’ o conteúdo, vira as costas e nao recebe o feedback, o blogueiro produz material e acompanha os comentários, estabelece uma relaçao com quem está consumindo esse conteúdo, até mesmo produzindo notícia junto com o leitor.

E a ética nesse novo mercado de notícias, onde fica? A ética independe se você é jornalista em 1960 ou hoje – isso nao muda, o comportamento nao muda, é a ética do cidadao. Privacidade? Nao existe mais. O que existe agora é reputaçao ;-)

publicidade

publicidade