A midia diante dos fatos (deu) uma virada na cobertura, leia isso

Luciano Martins Costa no Observatorio integra

De repente, nao mais que de repente, o noticiário sobre as manifestaçoes que paralisam grandes cidades brasileiras há uma semana sofre uma reviravolta: agora os jornais começam a enxergar os excessos da polícia e mostrar que no meio da tropa há agentes provocadores e grupos predispostos à violência.

Um dos relatos mais esclarecedores sobre o momento em que a passeata realizada na capital paulista deixou de ser pacífica é feito pelo colunista Elio Gaspari, na Folha de S Paulo e no Globo (ver A PM começou a batalha na Maria Antônia). Ele descreve como uma equipe da tropa de choque se posicionou e agiu deliberadamente para provocar o tumulto.

Há também, na rede social digital, um vídeo mostrando 1 PM, aparentemente por orientaçao de 1 oficial, quebrando o vidro da viatura. A imagem, cuja autenticidade só pode ser confirmada pela própria Polícia Militar, está diponível no YouTube.

No Facebook, registro para a legenda colocada sob cenas dos conflitos, no noticiário da GloboNews durante a noite – ‘Polícia fecha a Avenida Paulista para evitar que manifestantes fechem a Avenida Paulista’ (!). Nessa linha de raciocínio, pode-se imaginar também a seguinte manchete: ‘Polícia usa violência para evitar violência de manifestantes’.

Foi preciso mais do que evidências para a imprensa cair na real: os repórteres testemunharam dezenas de açoes abusivas de policiais, como a retirada e o espancamento de um casal que tomava cerveja num bar, alheio à passeata, ou o lançamento de granadas de gás em meio aos carros travados nos congestionamentos – segue

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