Agonia da Abril | Uma reflexao sobre os rumos da midia ‘revista’, veja

Por Paulo Nogueira no Diario do Centro do Mundo / Todas da crise da Abril

A comunidade jornalística está em estado de choque pela carnificina editorial ocorrida na Editora Abril. Mas eis uma agonia anunciada. Revistas – a mídia que fez a grandeza da Abril – estao tecnicamente mortas, assassinadas pela internet. Os leitores somem em alta velocidade. Quando você vê alguém lendo revistas (ou jornal) num bar ou restaurante, repare na idade. Jovens estao com seus celulares ou tablets conectados no noticiário em tempo real.

Perdidos os usuários, foi-se também a publicidade. Em países como Inglaterra e EUA, a mídia digital já deixou a mídia impressa muito para trás em faturamento publicitário. E no Brasil, ainda que numa velocidade menor, o quadro é exatamente o mesmo. Que anunciante quer vincular sua marca a um produto obsoleto, consumido por pessoas “maduras” (…..)

Crises as editoras de revistas enfnfrentaram muitas. Mas esta é diferente. Desta vez, o caso é terminal. Antes, e eu vivi várias crises em meus anos de Abril, você sabia que uma hora a borrasca ia passar. Agora, você olha para a frente e observa apenas o cemitério. Sobrarao, no futuro, algumas revistas – mas poucas, e de circulaçao restrita porque serao um hábito quase tao extravagante quanto se movimentar em carruagem.

Na agonia, o que companhias como a Abril farao é seguir a cartilha clássica: tentar extrair o máximo de leite da vaca destinada a morrer.
Para isso, você enxuga as redaçoes, corta os borderôs, piora o papel, diminui as páginas editoriais e, se possível, aumenta o preço. É uma lógica que vale mesmo para títulos como Veja e Exame, os mais fortes da Abril. Foi demitido, por exemplo, o correspondente da Veja em Nova Iorque, André Petry.

Grandes revistas da Abril, como a Quatro Rodas, passaram agora a nao ter mais diretor de redaçao. Em breve deixará de fazer sentido uma empresa que encolhe ficar num prédio como o que a Abril ocupa na Marginal do Pinheiros, cujo aluguel é calculado entre 1 e 2 milhoes de reais por mês. É inevitável, neste processo, que a empresa perca o poder de atrair talentos. Quem quer trabalhar num ramo em extinçao? (…..)

Melhor ler o texto inteiro.

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