Amor, ordem ou progresso? Ano novo, bandeira nova | Jayme Serva

No meio do ano, Paulo Maluf disse que era socialista. Agora, foi a vez do deputado socialista Chico Alencar, seguido pelo senador Eduardo Suplicy, fazer o movimento contrário e caminhar à direita, revisitando o positivismo. Alencar e Suplicy resolveram propor uma frase nova para a bandeira do Brasil, que a reaproximasse do ideal de Auguste Comte – ‘AMOR, ORDEM, PROGRESSO’. Cristovam Buarque pediu a palavra e ainda sugeriu a inclusao de ‘EDUCAÇAO’, mas alguém observou que a diagramaçao já estava crítica.

Já que um ano novo começa e as ideologias se diluem, tenho duas sugestoes para aproveitar melhor a frase Comtiana e ajudar o Brasil a atravessar melhor o século. Uma é dar à bandeira um certo senso de urgência, acrescentando à faixa branca um novo elemento: “Ordem e Progresso. E aí, sai ou nao sai?”.

Outra possibilidade é imprimir um pouco de didatismo. Assim, entre 2013 e 2023, a faixa traria apenas o lema ‘Ordem’, de forma a dar foco e evitar dispersao. Realizado o primeiro desígnio, viria entao, entre 2023 e 2033, ‘Progresso’. Conquistada a segunda palavra de ordem, aí sim a bandeira poderia levar a palavra ‘Amor’, por tempo indeterminado. Ou ainda ficar branca, sem palavra alguma, para que cada um colocasse ali, mentalmente, o seu desejo para o Brasil – nem que fosse apenas para o ano seguinte.

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