COVID-19 | O 25 de Abril em Portugal em tempos de pandemia

Há desfile na Avenida da Liberdade ou nao há? Há festa ou nao há? Há cravos vermelhos para comprar ou nao há? Há visita aos jardins de Sao Bento ou nao há? Durante toda a semana, essas eram as perguntas que a maioria dos portugueses faziam para poder celebrar o 25 de Abril, data da Revoluçao dos Cravos. As respostas chegaram rápido, trazendo uma maneira nova, diferente e bem de acordo com o atual isolamento social. Pela 1ª vez, a celebraçao irá acontecer sem açoes de rua e sem atividades culturais em espaços fechados, mas através das janelas das casas e das janelas digitais onde artistas e público vao poder homenagear os 46 anos da democracia.

A programaçao é extensa e entre uma ‘live’ musical e outra há tempo para chegar até a janela de casa com um cravo na mao e cantar na hora marcada (15:00 de sábado) a ‘Grândola Vila Morena’, música senha da revoluçao que acabou com a ditadura. No Facebook, entre outros eventos programados por todo o país, o Museu do Aljube, em Lisboa, irá partilhar pequenos vídeos com histórias e memórias relacionadas a esta data. Quem quiser celebrar em frente à TV, na RTP, filmes e documentários históricos para recordar “o espírito de liberdade que invadiu o país e as várias figuras marcantes da revoluçao”, avisam.

A visita a Sao Bento (residência oficial do Primeiro Ministro) irá acontecer através de vídeos na internet. No Parlamento, está programada uma cerimônia para 100 convidados e representantes dos partidos, com discursos e rígido distanciamento social que irá marcar esta data e o momento único que estao a viver. Momento de esperança e confiança num futuro próximo onde todos voltarao a sair de casa para novamente encontrar “em cada esquina um amigo, em cada rosto a igualdade (…)”, como na letra de Grândola Vila Morena.

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