Cuidar da privacidade na rede é se proteger de excessos de corporaçoes e governos #cpbr6

Uma das palestrantes magistrais aqui da Campus Party, em SP, Rainey Reitman, diretora de ativismo da EFF, veio evangelizar por um mundo onde a privacidade seja defendida por todos, e nao apenas por aqueles que sao frequentemente ameaçados,  porque ela protege quem faz denuncias na nossa sociedade, visando melhorá-la – sao jornalistas, ativistas, cidadaos preocupados como você. Manter a privacidade e ate mesmo o anonimato é um jeito de evitar que as empresas controlem os espaços online fazendo escolhas que podem nao ser benéficas para a humanidade.

Rainey lembrou o caso de um dos manifestantes do movimento OccupyWallSt, que teve seu Twitter investigado pela polícia norte-americana para rastrear os IPs a partir dos quais ele logou no serviço de microblogging, criando um mapa da movimentaçao do manifestante, checando com quem ele poderia ter se encontrado e quais lugares frequentou, investigando mais do que o necessário para penaliza-lo por participar da manifestaçao dos 99%.

Isso acaba sendo uma forma de desmotivar o cidadao a se envolver em manifestaçoes politicas, com receio de ser investigado em questoes que ultrapassam o objetivo do protesto e invadem outras esferas da sua privacidade. Acaba sendo mais proveitoso nao participar, ficar na sua – e assim os problemas vao passando despercebidos.

A representante da EFF lembrou ainda que esse tipo de situaçao nao é exclusividade de países repressores como a China ou Coreia do Norte, mas é comm também em potências como os EUA – empresas fornecem aos governos informaçoes privadas dos seus usuários, de forma ilegal, e existem até mesmo programas especializados para enganar os usuários em relaçao à instalaçao de um iTunes ou de um Adobe Flash para conseguir configurar um malware silencioso que grava toda a comunicaçao feita através daquela maquina – já imaginou? Pois saiba que isso nao é ficçao, é realidade.

Rainey cita ainda a privatizaçao da censura do governo – na China, empresas já possuem pessoal especializado em filtrar internamente o que pode vir a causar problemas, evitando a publicaçao de artigos ou noticias que possam ser questionáveis no âmbito politico, social ou religioso. Ou seja, o governo nao precisa nem se mexer, basta amedrontar.

Por um futuro melhor, Rainey encerrou sugerindo uma série de ferramentas, programas, navegadores e mensageiros instantâneos que protegem a identidade dos usuários e frisou a frase de um amigo – “Somos um exército que cria, nao que destrói˜.

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