Futuro dos formatos na propaganda digital – o debate no #youpix

Kauê, Marco Gomes, Hungria e Coutinho

Texto de Leo Maia e Nicolas Andrade – Todas do youPix 2014 no Blue Bus patrocinio Santander

Para debater sobre os novos modelos de comercializaçao da audiência da Web, o ônibus azul estacionou no youPIX e trouxe o professor Marcelo Coutinho, diretor de inteligência do Terra e special editor no Blue Bus; Marco Gomes, founder da Boo Box e Kaue Lara Cury, diretor de mídias digitais da AlmapBBDO. A conversa mediada pelo fundador do Blue Bus, Julio Hungria, começou com a seguinte pergunta: que tal comprar tempo e nao espaço na web?

Durante 50 minutos os especialistas debateram, entre outros assuntos, a rentabilidade dos modelos de empresas de mídia. Para eles, o atual modelo de monetizaçao dos links patrocinados na internet, como os do Google e Facebook, nao deve sobreviver por muito tempo. Entretanto, eles apostam em uma readequaçao da maneira de fazer dinheiro de veículos tradicionais, como os jornais impressos que migraram para a internet. Marcelo Coutinho citou o exemplo do Financial Times, que comercializará anúncios em sua pagina por tempo, assim como a televisao e o radio sempre fizeram; e lembrou o bem sucedido Snow Fall, do New York Times, que apostou em todos os recursos multimídia para uma matéria sobre o crescente número de acidentes nas estacoes de esqui norte-americanas. O projeto do jornal foi um sucesso imediato, com mais de 12 milhoes de page views apenas 6 dias após a publicaçao, e ainda recebeu um Pulitzer, premiaçao máxima do jornalismo.

Um dos entraves para a implantacao de um novo modelo de anúncios na internet sobrevive há anos dentro das agências, avalia Marco Gomes. “Existe um desequilíbrio entre os interesses do anunciante e do veículo. Os dois querem fazer o que mais gere dinheiro para si”, anota. Kauê Lara levantou outro ponto importante: ele diz que o marketing social foi ‘educado’ de forma incorreta. Para ele, muitas empresas ainda enxergam as redes sociais como um espaço para fazer propaganda e se esquecem de produzir conteúdo – “Os social medias das empresas usam qualquer motivo para justificar a inserçao do logotipo e vender o produto, mesmo que esteja em um contexto irrelevante”, reclama.

O debate chegou ao fim com uma visao otimista sobre o futuro da venda de espaço publicitário na rede: além de uma maior autonomia dos pequenos e médios anunciantes, em breve, essa abertura permitirá que todos acompanhem e entendam nao só sobre a compra de mídia, mas também sobre toda uma campanha. Marcelo garante que em até 5 anos nao será mais possível justificar os investimentos publicitários e as métricas utilizados atualmente – “Para sobreviver, as empresas terao que entender melhor nao só as tecnologias mas também – e ao mesmo tempo – os modelos de negócios na internet e nas redes sociais”.

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