Marcelo Coutinho 2º dia em Boston – Como extrair valor da internet?

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Em Boston, o 2o dia da Conferencia Digital da ESOMAR (principal entidade de pesquisa de mercado no mundo) foi marcado pelas discussoes sobre como extrair valor da internet, tanto para empresas como para consumidores. Um estudo do Boston Consulting Group (BCG), feito em 15 paises, avaliou de quais bens as pessoas abririam mao para nao perder seu acesso a Internet. A conclusao e de que a web “vale” cerca de 4%-6% da renda de cada consumidor. O Brasil é 1 dos paises que estao no topo da lista de valor, percepcao que apresenta correlacao elevada com a penetracao e uso da midia social, segundo o BCG.

Esse valor so vai aumentar na medida em que as empresas perceberem que os devices moveis sao sensores sobre os locais e as maneiras como as pessoas compram, se informam, trabalham e se divertem, tema da palestra de Alex Pentland, diretor do Media Lab. Para ele “o fluxo de dados pessoais vai funcionar como o petroleo da economia digital”. Algumas organizacoes ja estao trabalhando neste sentido, como a Viacom, que descobriu que entre os jovens americanos de 18 a 24 anos o consumo de programas de TV no tablet ja e proximo do tempo gasto em frente ao televisor – e preparou uma serie de ofertas de conteudo e publicidade que conectam simultaneamente as duas telas.

Mas para a informacao fluir ela depende fundamentalmente da permissao do consumidor. Segundo o diretor do MIT, e preciso dedicar tanta atencao a construcao desses mecanismos de permissao explicita e consensual quanto ao formato da tecnologia. Este é o grande desafio no momento para empresas e organizacoes regulatorias na Europa e nos EUA. Fatalmente, o assunto vai desembocar tambem na America Latina, onde as leis de privacidade (ou a ausencia delas) farao essa construçao ser bem mais complexa.

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