Muito ricos em altíssima concentraçao – a classe A gargalhada de SP

A lista dos bilionários brasileiros da Forbes deste ano já saiu. Lemann e os companheiros da Ambev, a família Marinho, os banqueiros Safra, Villela e Moreira Salles, entre outros, Diniz, Dias Branco e Klein de alimentos e varejo, as irmãs Camargo da construçao estao todos presentes. Eike Batista é a ausência que todos comentam mas, mesmo assim, eram 43 brasileiros no ano passado e sao 65 neste ano. Parte deles está fora do país ou em outras regioes do Brasil, mas um grande número mora em Sao Paulo. Além deles, os considerados biliardários, existem ainda os bilionários e milionários.

Para estar no grupo dos 1% mais ricos da cidade é preciso ter uma renda individual que começa em 15 mil. Sao Paulo, no passado, tinha muita gente que trabalhava em indústrias e, apesar de nao ter uma alta escolaridade, ganhava bem. Hoje, com o aumento das multinacionais e das empresas de serviços, quem está nesta faixa ou é executivo/empresário ou vive de rendimentos. O salário dos presidentes de grandes corporaçoes que, no passado, ficava na faixa de 25 mil, hoje chega a quase 90. No outro extremo, há um grande grupo em ocupaçoes que pagam pouco – garçons, motoristas, atendentes de telemarketing – e, no meio, gente que está deixando Sao Paulo porque nao tem fôlego pra bancar o custo de vida.

Esta alta concentraçao e a imensa desigualdade estao num livro que virou best seller – O capital no século 21. Com esta polarizaçao, aumentam a insegurança, o culto ao consumo, a violência. O prognóstico para este abismo entre os 1% e os outros 99% nao é bom. Nem para o planeta, nem para as pessoas. Tomara que o capitalismo consciente traga uma resposta animadora a este capitalismo contemporâneo :(

publicidade

publicidade