#nbc13 | Está chegando a destruiçao criativa | texto do Marcelo Coutinho

Continua hoje (26) o New Brand Communication 2013, que acontece na FAAP em Sao Paulo. No dia de ontem o foco foi sobre investimento em start-ups, o processo inovativo dentro e fora das grandes estruturas organizacionais e seu impacto sobre a comunicaçao das empresas. Tive a oportunidade de fazer uma síntese das apresentaçoes junto com o Rene de Paula. O ponto em comum foi o de que a inovaçao se tornou uma resposta (assim como as fusoes e aquisiçoes) para a reduçao das margens de lucro das grandes corporaçoes, decorrente da reduçao das barreiras de entrada em diversos setores (por exemplo, é possível desenvolver um carro em 1/4 do tempo e por 10% do custo de uma montadora tradicional, utilizando o próprio consumidor para montar o veículo) e a melhor distribuiçao das informaçoes entre os consumidores (facilitando a comparaçao de preços e produtos).

A influência destes avanços tecnológicos sobre o consumidor e os processos de negócios, aliados ao envelhecimento da populaçao e a tomada de consciência sobre a necessidade de um modo de produçao e consumo em acordo com a capacidade do planeta, estao gerando uma explosao de inovaçoes tao diversas que vao de testes para sequenciar o DNA e avaliar o risco de doenças genéticas até a colaboraçao para vender jeans feitos por cooperativas de costura que permitem ao comprador conhecer quem fez sua roupa. Somadas a insatisfaçao com as estruturas organizacionais tradicionais por parte dos mais jovens e a baixa rentabilidade do capital financeiro, criou-se um ambiente propício para o que Schumpeter chamava de “destruiçao criativa” .

Mas será que isto é possível de ser replicado também no Brasil? Como mostrou o caderno especial do Financial Times deste fim de semana, nosso país pode se tornar o primeiro grande “soft power” da história contemporânea, com uma economia que gira fundamentalmente em torno de matérias-primas, alimentos e infraestrutura. A inovaçao baseada na digitalizaçao dos processos produtivos, logísticos e administrativos ao redor destes 3 eixos deverá se constituir em um terreno fértil para empreendedores nacionais nos próximos anos.

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