O mafioso liberado, o sobrinho de Blatter e o desgosto do promotor

Preso de tarde, solto de madrugada. Mas uma historia da Justiça br.

Ainda que Raymond Whelan nao seja um funcionário da Fifa, ele atua em nome da entidade na organizaçao de pacotes e até do credenciamento de hotéis para a Copa. A empresa Match é controlada pela Infront, uma companhia que tem como acionista Phillip Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter (!)

Em nota, a Match avalia que as conclusoes da polícia sao “precipitadas” e que ficará provado que Whelan nao cometeu irregularidades. Mas… o promotor responsável pela operaçao Jules Rimet, Marcos Kac, da 9a Promotoria de Investigaçao Penal, considerou “um absurdo” a soltura de Ray Whelan, preso ontem e apontado como principal fornecedor do milionário esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo – “O cara que era pra ficar hoje detido agora pode pegar um jatinho para BH para ver o jogo (a semifinal entre Brasil e Alemanha), enquanto ninguém que você conhece conseguiu comprar ingresso”, disse o promotor, que atua em conjunto com a polícia na investigaçao.

Segundo Kac, a soltura de Whelan é um absurdo porque “a pessoa que soltou nao conhece o inquérito”, disse, referindo-se à desembargadora que proferiu a decisao no plantao judiciário durante a madrugada, Marilia de Castro Vieira – “Temos muitos elementos contra ele e estamos todos muito chateados com essa decisao. Entre outras provas, sao mais de 900 registros de ligaçoes e mensagens telefônicas entre ele e o Fofana. Nao fizemos a operaçao ontem de orelhada”, afirmou o promotor – “Essa quadrilha movimentava milhoes. Cadê o dinheiro que nao aparece? É o que estamos tentando descobrir e agora o principal suspeito está solto”. Reclama – “Ele foi solto no plantao com base em nada”.

Com informaçoes do Estadao

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