O negocio Bezos Post, meio copo cheio ou meio copo vazio, depende de quem vê

“Bezos nao adquiriu 1 jornal impresso em declínio, e, sim, uma marca relevante e respeitada” – avalia hoje em artigo na Folha seu editor executivo Sergio Davila – “Para ficar apenas num exemplo, os livros escritos por seu jornalista principal, o repórter Bob Woodward, 70, sao considerados o registro nao oficial mais relevante dos governos de sucessivos ocupantes da Casa Branca, começando por Richard Nixon (1913-1994), que ele ajudou a derrubar em 1974 ao revelar com Carl Bernstein o escândalo Watergate”. Sergio defende o jornalismo em que navega, o tradicional – “Barack Obama pode comprar os livros de Woodward pela Amazon, mas é no Post (impresso) que ele lerá primeiro os trechos inéditos de suas obra”- diz. É verdade, mas isso é mesmo uma fatia tao importante do fato?

“Sim, espera-se que Bezos ajude a reinventar o modelo de negócios do jornalismo profissional, como fez na Amazon com o ecommerce, mas nao se deve desprezar seu interesse pelo valor institucional do diário”. Acredita que agora ele passa a ter o poder de influenciar todo o seu país. Pelo confortavel preço de USD 250 milhoes. Desculpa o Sergio, mas isso me lembrou a sofrida bancada do Roda Viva querendo saber, como prato principal, logo no inicio do programa da 2a feira, qual era o “modelo de negocio” da Midia Ninja. Mas os tempos nao mudaram – ou estao mudando? Bezos teria comprado o Post para garantir influencia sobre a opiniao norte-americana?  Lembra do tempo qdo a opiniao publica era a opiniao dos donos de jornais?  Seria isso ou o meu copo está, afinal, “meio vazio”? ;)

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