O novo Facebook-google e seus efeitos sobre o negocio da midia

Todas no Blue Bus sobre a busca social do Facebook

“Mais um prego no caixao da midia” – titula Luciano Martins Costa na materia que publicou hoje no Observatorio sob o impacto da nova oferta – 1 serviço do Facebook capaz de cutucar algumas pretensoes do Google. Transcreve o comentario que fez para o programa de radio do site – Refere a midia tradicional.

“Jornais de todo o mundo registram hoje que o Facebook lançou seu próprio serviço de busca, chamado em português de Busca Social – ontem no Blue Bus – mas enfrenta uma nova desvalorizaçao de suas açoes – hoje no Blue Bus – por conta de reaçoes negativas do público a mudanças feitas na rede social de imagens Instagram e pelas expectativas exageradas criadas”.

Segue – “Na imprensa brasileira, a tendência é destacar a queda no valor da empresa, que ainda nao conseguiu apresentar um modelo de negócio capaz de produzir receita com seus aplicativos para telefones celulares. No entanto, o foco exclusivo na questao da monetizaçao, que é uma demanda imediata dos investidores, pode estar equivocado. Atrair publicidade clássica pode nao ser necessariamente o principal valor dos negócios desse tipo”.

Verifica – “Pesquisadores de comunicaçao social e outros protagonistas dos debates sobre o futuro da imprensa discutem com muita frequência os possíveis impactos das tecnologias digitais de comunicaçao e informaçao na mídia tradicional. De modo geral, o núcleo dessas discussoes tem sido a saturaçao do campo antes dominado pelos meios, que se impunham como filtros ou veículos de informaçao entre as fontes e o público”.

Continua – “As novas tecnologias alteram radicalmente os papéis, permitindo que o público deixe a passividade e se transforme em protagonista, num ambiente em que tudo passa a ser mídia, de modo que aquilo que era classicamente mídia perde relevância. Uma das consequências dessa transformaçao é a perda de valor da mediaçao, o que coloca sob risco o modelo de negócio que até aqui vinha sustentando as empresas de comunicaçao”.

Observa – “Os chamados veículos de comunicaçao tentam se remunerar limitando o acesso do público aos seus conteúdos, mas com isso limitam a audiência, criando uma contradiçao difícil de administrar, pois cada veículo precisa mostrar seu produto, atrair um grande número de pessoas, mas ao mesmo tempo tem que colocar barreiras de pedágio para obter alguma remuneraçao. Por outro lado, esses produtos sao muito semelhantes entre si, porque poucas dessas empresas podem suportar o custo de produzir conteúdos exclusivos”.

Duvida – “Embora apareçam aqui e ali notícias sobre bons resultados de alguns jornais em suas ediçoes digitais, os números nao oferecem qualquer garantia de que se tenha chegado a um sistema capaz de assegurar receitas suficientes para manter o custo da produçao de jornalismo de qualidade. Por outro lado, os veículos de comunicaçao precisam lidar com a resistência de seus parceiros preferenciais no modelo antigo, as agências de publicidade, que seguem funcionando na base da intermediaçao de interesses”.

Diz mais – “Além disso, um novo impacto poderá abalar essa aliança – cresce fortemente a chamada mídia corporativa, por meio da qual empresas comuns tratam de se comunicar diretamente com seus públicos de interesse, dispensando a mediaçao tradicional”. E conclui que “esse cenário autoriza a questionar o eixo das discussoes predominantes sobre o futuro das comunicaçoes” – leia o artigo completo aqui.

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