Perda | Aos 78, morreu Norma Bengell esta madrugada, no Rio

“Me deixa falar! Só um pouquinho” – Norma em ‘Mar de Rosas’ de Ana Carolina

Norma Bengell foi a atriz que exibiu o primeiro nu frontal do cinema brasileiro. Tinha 27 anos, no filme ‘Os Cafajestes’, Ruy Guerra, 1962. Morreu esta madrugada, aos 78, num hospital do Rio, vitima de 1 cancer no pulmao esquerdo.

Dona de uma beleza especial, voz sensual como a de Marilyn cantando para John Kennedy, Norma começou a carreira no cinema fazendo comédias de chanchada, como ‘O Homem do Sputinik’ (1959), de Carlos Manga, protagonizada por Oscarito. No cinema, trabalhou ainda com Walter Hugo Khouri (‘Noite Vazia’), Julio Bressane (‘O Anjo Nasceu’), Paulo Cézar Saraceni (‘A Casa Assassinada’), Glauber Rocha (‘A Idade da Terra’) – “Sua presença sedutora encantou também a crítica internacional, como a conceituada revista francesa Cahiers du Cinema” – diz o obituario do Estadao esta manha. Interpretou a prostituta Marli no filme ‘O Pagador de Promessas’, de Anselmo Duarte, até hoje único longa-metragem brasileiro que recebeu a palma de ouro do Festival de Cannes. A atriz foi ainda ativista política – presa durante a ditadura militar, chegou a se exilar na França, em 1971.

Além de atriz, Norma aventurou-se também como cineasta, estreando em 1977 com ‘Eternamente Pagu’, mas causando polêmica com sua versao de O Guarani (1987), quando foi acusada de irregularidades na prestaçao de contas da produçao. O que os obituarios nao estao registrando é que ela fez a primeira fama como ‘vedete’ do produtor de espetáculos Carlos Machado, no Teatro Serrador, no Rio, ao lado da argentina Irma Alvarez, final dos anos 50.

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