Quem nao arrisca nao inova | Texto da Tania Savaget pela aprox artistas+cientistas

Nao é de hoje que os pensadores de design Roger Martin, Tom Kelley e Marty Neumeier, só pra citar alguns, já vem mostrando como o design é mais do que uma disciplina, mas uma abordagem para a inovaçao. Apesar disto, muita gente ainda acha que inovaçao está estritamente ligada à tecnologia e aos métodos científicos. Dá para entender, afinal, ainda estamos sofrendo os efeitos da Revoluçao Industrial e buscando efetividade, produtividade e eficiência como nos tempos do cronômetro de Taylor, Ford e outros nomes das linhas de produçao, quando o mundo ainda nao era visto como algo plano, globalizado e absolutamente interdependente. Vale rever http://www.ideo.com/by-ideo/change-by-design

Num mundo como o nosso, em que complexidade e volatilidade sao as únicas certezas, é preciso abrir a cabeça, as pessoas, as empresas e os governos para lideranças mais criativas, que saiam do modo hierárquico, verticalizado e consigam inspirar e transpirar em rede, mais preocupadas com a experimentaçao e a interaçao do que com a ‘coisa’ finalizada, seja ela um produto, um serviço ou um processo. John Maeda, ex professor do MIT e atual presidente da Escola de Design de Rhode Island sugere a aproximaçao de artistas e designers com os cientistas porque “tendem a encarar os problemas com mente aberta e nao temem o desonhecido, preferindo dar saltos do que passos consecutivos”. Ou seja: arriscam.

Sem risco, nao existe inovaçao. Para acalmar um pouco o medo dos mais conservadores, a cada dia surgem soluçoes que, de alguma forma, tornam os protótipos mais rápidos, enxutos e “em conta”. Uma novidade é o Context, aplicativo para o Mac que elimina a parte dos rascunhos, o uso de muitos softwares para construçao de modelos e a frustraçao de investir tempo e dinheiro numa direçao errada. Na linha de enxugar para inovar, outro americano, Eric Ries, autor da Startup Enxuta aposta nas impressoras 3D e defende os testes com consumidores mesmo com produtos inacabados. A pressa é inimiga da perfeiçao, mas, cada vez mais, parece que a imperfeiçao é amiga da inovaçao.

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