A relaçao esquizofrênica da midia com a Copa do Mundo – leu isso?

Texto do Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil, republicado no site Carta Maior.

Encerrei o artigo publicado na ediçao de janeiro da Revista do Brasil com a expressao “2014 promete”. Escrito em dezembro, chamava a atençao para o desespero da oposiçao, representada pela mídia, na busca de um candidato para as eleiçoes presidenciais deste ano, alertando sobre o previsível “vale-tudo”. A previsao, infelizmente, começou a se confirmar antes mesmo do fim do ano, com o jornalista Elio Gaspari pedindo na Folha de S.Paulo a volta das manifestaçoes de rua, seguido na mesma linha por vários outros comunicadores, até pelo Faustao, na Globo (…..)

(…..) Curiosa, no entanto, é a esquizofrenia diante da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo que a defende de acordo com os seus interesses mercadológicos, procura incentivar manifestaçoes populares em torno dela, contra o governo, por interesses políticos. Mas pede que sejam feitos de forma “pacífica”, repetindo os chavoes de junho passado. Creio até que gestores e mentores dessa mídia torçam contra a seleçao brasileira, na esperança de que a derrota crie algum alento à oposiçao. Ainda que custem um período de relativas baixas nas receitas publicitárias advindas do ufanismo futebolístico.

Se for assim, será mesmo o derradeiro ato de desespero. Foi-se o tempo em que política e futebol contaminavam-se reciprocamente. Nao estamos mais em 1950, quando candidatos aos mais diferentes cargos circulavam entre os jogadores da seleçao, invencível até começar o jogo final, tentando tirar uma casquinha do prestígio por eles conquistado nos gramados até minutos antes da tragédia do Maracanã diante do Uruguai – siga lendo a integra do texto

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