Voando de camiseta e bermuda – nunca imaginou que ia dar tanto o que falar

Vestindo camiseta e bermuda para enfrentar o calor do verao, o advogado fotografado por uma professora universitaria e citado com desprezo no Facebook – hoje é entrevistado da Monica Bergamo na sua coluna na Folha. Continua sendo assunto de destaque ao menos nas redes sociais – e mereceu 1 texto do colunista do Estadao José Roberto Toledo publicado hoje –

“O episódio é fascinante sob qualquer ângulo que se queira olhar. O mais óbvio é o efeito Big Brother. A sensaçao que o internauta tem de penetrar um círculo fechado e descobrir o que as pessoas realmente pensam e sao capazes de dizer quando se acham dispensadas do politicamente correto e da mínima cortesia”.

“Soa exagerado de tao cru. Se fosse cena de novela, seria forçada demais e perderia credibilidade. Mas, como os personagens têm nome, cargo e página no Facebook, o exagero vira revelaçao: “Ah, é isso que eles acham”. Cai-se no estereótipo oposto. Se o emergente parece estivador, é peludo e ultrapassa os limites, a elite é demofóbica, cruel e segregacionista – sem exceçoes”.

“Talvez alguns dos personagens tenham escrito o que escreveram por pressao social, por vontade de ser aceito no grupo, de pertencer. Afinal, se o reitor e a doutora estao dizendo, essa só pode ser a norma, a coisa certa a fazer. É outro aspecto surreal da história: supostos guardioes da alta cultura disseminam e endossam preconceitos que deveriam combater”.

“Destila ainda do episódio uma ingênua nostalgia. A crença numa fantasia comercial – Glamour de voar?. Um voo de carreira é das experiências mais desagradáveis que há: fila de check-in, fila para despachar bagagem, fila para passar no raio X, fila para embarcar, para pegar a mala. Horas confinado em espaço apertado, respirando ar seco e, quando há, comendo comida requentada” – siga lendo aqui.

publicidade

publicidade