O Ibope medindo a TV na web – no Brasil demora a afetar anunciantes | Marcelo Coutinho

As transformaçoes na distribuiçao de conteúdo televisivo começam a repercutir também nos institutos de pesquisa e no Brasil. Ao incorporar a mensuraçao do conteúdo televisivo em computadores, tablets e smartphones, vamos ter uma idéia mais precisa do peso destas outras plataformas na audiência, com um crescimento superior a 15% em 2012, segundo o Ibope.

O desafio é saber se empresas que operam simultaneamente a produçao e distribuiçao de conteúdo nos meios digitais vao se sujeitar as métricas (e métodos) de aferiçao de resultados dos sistemas Broadcast, menos precisos que os dos meios digitais. E o quanto a maior transparência assegurada pela fusao de dados entre Web Analytics e dados de painel vai afetar a dinâmica do mercado publicitário – a eMarketer estima que em 2014 10% do investimento publicitário em TV no mercado americano irá para vídeos na Web nos EUA. No caso brasileiro, onde o BV resiste bravamente e os institutos estao sujeitos a uma pressao menor que a enfrentada nos EUA, essa transformaçao deverá ocorrer de forma muito mais lenta. Mas no longo prazo, o movimento é positivo principalmente para veículos e anunciantes. Como disse Christopher Reynolds, diretor de Produtos Digitais da Condé Nast em um encontro da Omniture, “somente agora (com a mediçao digital) descobrimos como era pobre o nosso entendimento do comportamento dos leitores dos impressos”.

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