Globo quer menos sexo, beijo gay e violência – Aguinaldo insiste em escrever

Era pra ser 1 beijo gay

A direçao da TV Globo pediu ao autor Aguinaldo Silva para reduzir a quantidade e a intensidade de cenas de sexo e violência na novela Império. A orientaçao é pegar leve principalmente nas sequências de amor entre José Alfredo (Alexandre Nero) e Maria Isis (Marina Ruy Barbosa), nos stripteases de Robertao (Rômulo Neto) e no “sexo selvagem” entre Reginaldo (Flávio Galvao) e Tuane (Nanda Costa). Beijos entre personagens homossexuais somente com autorizaçao prévia.

Silva, no entanto, tem se mostrado “rebelde”. Capítulos que irao ao ar a partir da última semana de agosto já estao mais leves, com menos sexo. Haverá apenas uma cena de sexo entre os dias 25 e 30. Mas o roteiro dessa sequência, entre José Alfredo e Maria Marta (Lília Cabral), traz detalhes picantes, como ela o vendo nu e ambos “chegando ao auge do prazer”.

Apesar de já ter visto dois beijos gays escritos e cortados nas gravaçoes, Silva insiste na imagem: voltou a escrever um novo beijo entre Cláudio (José Mayer) e Leonardo (Klebber Toledo) no capítulo que vai ao ar em 1° de setembro. Provavelmente, o terceiro beijo gay da novela será transformado em um abraço.

Os cortes, realizadas na ilha de ediçao ou no set de gravaçao, têm incomodado o elenco. Na última 4a (13), o protagonista Alexandre Nero foi ao Instagram reclamar do moralismo na teledramaturgia. “Vocês ainda nao entendem por que nas novelas nao têm sexo, drogas, beijo gay e violência gratuita? Porque isso só existe na vida real”, ironizou.

Nos bastidores, o texto de Nero foi interpretado como um protesto aos cortes e uma referência a uma cena que ele gravou com Marina Ruy Barbosa. O roteiro de Aguinaldo Silva pedia que José Alfredo e Maria Isis “se embolassem na cama, nus, num amor tórrido”. No ar, eles sequer ficaram nus.

A Globo está reduzindo a carga de sexo e violência de Império para nao chocar telespectadores mais conservadores e setores da Igreja Católica e evangélicos. Nos bastidores, já se levantou a suspeita de que haveria temor também quanto à classificaçao indicativa.

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