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Livro resgata história do Pasquim, ícone da resistência contra a ditadura militar
Nesta 5ª feira (31), faz 58 anos que tropas rebeldes marcharam rumo à Brasília com o objetivo de tomar o poder. No dia seguinte, 1º de abril, iniciou-se o regime de generais que durou 21 anos. Este período da história brasileira foi marcado pela censura e repressao, mas também teve como destaque personagens que nao se calaram diante das injustiças. É o caso do jornal O Pasquim, representado comicamente pelo simpático ratinho Sig. Com muito humor e boas doses de deboche, a publicaçao nao poupava críticas aos governantes da época. Este afronte resultou inclusive na prisao de todos os integrantes da redaçao em 1970. Mesmo sob ameaças, o jornal se consagrou como sucesso de público – chegou à tiragem de 200 mil exemplares logo no 1º ano.
Para resgatar a história do tabloide que questionou os rumos do regime militar, a Matrix Editora lança ‘Rato de Redaçao – Sig e a História do Pasquim‘. De autoria do produtor cultural, editor literário e jornalista Marcio Pinheiro, a obra percorre o caminho de 22 anos de atividade do periódico. Tudo isso acompanhado do simpático Sig, o rato símbolo do jornal, desenhado pelo cartunista Jaguar. Desde a 1ª capa, Sig teve destaque garantido no Pasquim. Ele interferia com seus comentários sarcásticos em quase todas as matérias, artigos, entrevistas e até anúncios. ‘Rato de Redaçao‘ reconta desde a escolha do nome do jornal até a queda do regime militar, a retomada da abertura política, a redemocratizaçao, as crises financeiras e as divergências internas que aconteceram até seu fechamento em 1991.
Em tempo – Julio Hungria, fundador e editor-chefe do Blue Bus, também fez parte dessa história como colunista do Pasquim no início dos anos 70.
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