Portugal vai a votos – Orçamento do Estado 2022 provoca novas eleiçoes no país

Quando a vida lhe der um limao, faça uma limonada” – esse tradicional provérbio bem que poderia traduzir o conceito que está por trás desses posts com jeito de campanha que acabei de receber via Twitter. Sao mensagens que expoem com precisao, e na medida certa, algumas das medidas do Orçamento de Estado 2022 português, apresentado pelo Governo na última 4ª feira (24/10) no Parlamento. O Orçamento foi ‘chumbado’ (nao aprovado) com os votos contra dos partidos da direita (PSD, CDS, IL e Chega), mas também do BE (Bloco de Esquerda), PCP (Partido Comunista), Verdes e o PAN (Pessoas, Animais, Natureza). As deputadas nao inscritas (2) optaram pela abstençao. Votos a favor foram apenas os do PS, partido do atual governo.

Apesar dos avisos dos deputados da oposiçao de direita, a falta de consensos com as propostas dos partidos de esquerda e a interferência, a meu ver precipitada, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o chumbo do Orçamento do Estado nao foi uma surpresa e abriu uma crise política no país da outrora ‘geringonça’ (coalisao das esquerdas), ainda tao necessária nesse período que estamos vivendo.

Novas eleiçoes serao convocadas em breve, em data a ser marcada pelo Presidente da República, e do lado do governo, o primeiro-ministro, António Costa, já disse que nao se demite e vai levar de novo o seu partido (PS) a votos.

Em tempo – em Portugal, o regime de governo é o parlamentarismo.

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