Black Friday | O Natal dos descontos chegou mais cedo também em Portugal

Hoje, dia da Black Friday, ou melhor, da “black fraude”, como ouvi de um vendedor carioca (estou de férias no Rio!) quando fui comprar um simples prato para queijo na loja de perto de casa. As notícias e as imagens sao aquelas de todos os anos – milhares de pessoas nas portas dos paraísos do consumo à espera de promoçoes para comprar aquela televisao dos sonhos e até mesmo “shampoo, creme e esmaltes para unhas”, como disse na TV uma das aflitas compradoras. Do luxo ao lixo, tudo está à venda nesse Natal antecipado. O pagamento a maioria deixa rolar nos famosos cheque especial e cartao de crédito, a bóia salva-vidas dos para sempre endividados. E assim o mundo gira, atravessa o Atlântico e muda de país antes que o Pai Natal (Papai Noel em Portugal) chegue com seu “ho ho ho” distribuindo na sua já gasta carruagem os presentes e presentinhos que todos esperam.

E quanto é que cada família portuguesa prevê gastar neste Natal? Em média 387 euros, mais 9 euros do que em 2018, mas menos de metade (!) do valor pré-crise de 2012 e abaixo da média europeia de 461 euros, revela um estudo da consultora Deloitte. Nesse pacotao estao embrulhados, sem ordem de preferência, os presentes, refeiçoes, eventos sociais e viagens, essa última adicionada ao estudo apenas no ano passado. O estudo volta a apontar a 1ª quinzena de dezembro como “o período preferido para os portugueses fazerem as suas compras de Natal”, mas detecta também “uma tendência crescente de antecipaçao desta atividade, com o mês de novembro a ganhar cada vez mais pessoas nas preferências das famílias”, avisa um dos responsáveis pela pesquisa. E destaca-se na preferência pelo período da Black Friday, onde 68% dos inquiridos admitem vir fazer alguma das suas compras de Natal, um valor idêntico ao da média europeia.

Chocolates sao “o presente favorito, a prenda ideal para esta época natalícia” dos portugueses, numa preferência partilhada por homens e mulheres. Roupas e livros para os homens e cosméticos/perfumes e livros para as mulheres também entram na lista. A maioria (67%) escolhe os centros comerciais/shoppings como “lugar de eleiçao” para fazer compras, uma tendência acompanhada pela “maioria dos países europeus (…)”, e o mercado online está a crescer e prevê-se que possa representar 25% das compras de Natal feitas em Portugal.

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